Teologia, Morte e Contemporaneidade: reflexões sobre os rituais fúnebres na pandemia de Covid-19
dc.catalogador | aba | |
dc.contributor.author | Mendes, Everaldo dos Santos | |
dc.contributor.author | Peretti, Clélia | |
dc.contributor.author | Cardoso Ribeiro, Edilmar | |
dc.contributor.other | Pontificia Universidad Católica de Chile | |
dc.contributor.other | Instituto Edith Theresa Hedwig Stein | |
dc.contributor.other | Universidade Católica do Rio Grande do Sul | |
dc.date.accessioned | 2025-01-16T20:40:00Z | |
dc.date.available | 2025-01-16T20:40:00Z | |
dc.date.issued | 2022 | |
dc.description.abstract | Neste artigo, refletimos sobre o fenômeno da vida-mortecomo ritual cotidiano em tempos de pandemia de coronavírus [COVID-19]. Partindo do método fenomenológico, delineamos uma pesquisa qualitativa de impostação historiobiográfica, que reuniu os escritos dasfilósofas fenomenólogas Edith Stein e Dulce Critelli e do coveiro filósofoSomar Cândido, do cemitério da Penha, situado na Zona Leste de SãoPaulo [Brasil]. Na pesquisa fenomenológica, coloca-se entre parêntesesos “fenômenos” para buscar o sentido das coisas mesmas, as suas “manifestações”. Precisamente, interessa-nos as últimas e objetivas essencialidades. Nos primórdios da cultura ocidental, a morte era encarada não comouma dissolução do ser, mas como uma simples transformação da vida.Nas mais velhas crenças dos itálicos e gregos, identificamos que a almado ser finado não migrava para um mundo diferente deste, para viver asegunda existência; permanecia bem próxima dos seus entes queridos eprosseguia vivendo sobre a terra. No mundo ocidental, essa crença era tãoforte, que mesmo quando foi estabelecido o costume de cremação de cadáveres, persistiu a crença em que os mortos viviam sob a terra. Por muito tempo, acreditou-se que na segunda vida a alma continuaria associadaao corpo. Nascida com ele, a morte não a separa dele. No túmulo, a almase encerrava com o corpo. Na psique ocidental, os ritos fúnebres revelamque quando se sepultava um corpo acreditava-se colocar no túmulo algovivo. Não bastava depositar o corpo na terra. Era mister seguir ritos tradicionais e proferir fórmulas. Na ausência do corpo de um ente querido,realizava-se uma certa cerimônia, com fins de produzir exatamente todosos ritos fúnebres, acreditando-se com isso encerrar a alma no cenotáfio.Nos casos de impiedade, punia-se os grandes culpados com um castigo considerado terrível: a privação da sepultura. Na narrativa de OsmairCândido, interessa-nos de que modo a filosofia alemã o ajuda a enfrentaros horrores da pandemia de COVID-19, como tirar o caixão de um filhodas mãos da mãe ou enterrar doze pessoas no mesmo dia, ignorados osritos fúnebres. Nas reflexões de Osmair Cândido, perpendicular à paredeque lhe surge, horizonta-se outra, amparando os inúmeros mortos porele empilhados. Por fim, o coveiro-filósofo confessa — expressando umprofundo pesar — sentar-se à margem de tudo, à beira do mundo, ondeaté Deus termina. No seio do mundo, a vida-morte é acompanhada: um acontecimento compartilhado. Edith Stein — opondo-se à morte comoponto final da existência humana na analítica do Dasein desenvolvida porMartin Heidegger em “Ser e Tempo” [1927] — reflete que a finitude doser humano reside na eternidade de Deus. | |
dc.format.extent | 29 páginas | |
dc.fuente.origen | SIPA | |
dc.identifier.doi | 10.48021/978-65-252-4314-6-c10 | |
dc.identifier.isbn | 9786525243146 | |
dc.identifier.uri | https://doi.org/10.48021/978-65-252-4314-6-c10 | |
dc.identifier.uri | https://repositorio.uc.cl/handle/11534/89688 | |
dc.information.autoruc | Facultad de Teología; Cardoso Ribeiro, Edilmar; S/I; 1156607 | |
dc.language.iso | pt | |
dc.lugar.publicacion | São Paulo | |
dc.nota.acceso | contenido parcial | |
dc.pagina.final | 215 | |
dc.pagina.inicio | 187 | |
dc.publisher | Dialética | |
dc.relation.ispartof | Teologias e Ciências das Religiões – experiências, saberes e diversidade, 2022. | |
dc.rights | acceso restringido | |
dc.subject | Pandemia | |
dc.subject | Vida-morte | |
dc.subject | Osmair Cândido | |
dc.subject | Ritos fúnebres | |
dc.subject | Ser finito e ser eterno | |
dc.subject.ddc | 200 | |
dc.subject.dewey | Religión | es_ES |
dc.title | Teologia, Morte e Contemporaneidade: reflexões sobre os rituais fúnebres na pandemia de Covid-19 | |
dc.type | capítulo de libro | |
sipa.codpersvinculados | 1156607 |